ESTRANHEZA






ESTRANHEZA

Tempo, estranho tempo!
Me sinto estranho diante da tua estranheza.
Não reconheço meu rosto em ti.
Se estás em mutação?  que face haverá de vir?
Me perturba a tua fala, me ofende o teu agir.

Igreja, estranha igreja!
Me sinto estranho diante de ti.
Não te reconheço nessa aspereza,
Abristes mão da tua beleza,
Não reconheço o rosto de Cristo em ti.

Trocastes a tua bandeira?
Erguestes a arma que não te dei?
Te envolvestes com o espírito que não derramei
Confundistes o teu Messias
Abandonastes a cruz em que te resgatei. 

O canto da boa notícia silenciou.
O olho por olho, o dente por dente,
Em velado discurso bradou.
Não mais te reconheço,
Um corpo sem cabeça ficou.

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